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segunda-feira, 6 de agosto de 2012

História de Nossa Senhora de Guadalupe

Nossa Senhora apareceu pela primeira vez a Juan Diego no dia 9 de dezembro de 1531, quando este se dirigia ao convento para assistir à Missa. Ao aproximar-se da colina de Tepeyac, chamada de Guadalupe, ouviu um canto celestial e um chamado: "Juanito, Juan Dieguito!" Subiu ao topo da colina e viu uma Senhora: o seu vestido resplandecia como o sol; o lugar em que estava de pé, como que irradiava; o seu resplendor era como de pedras preciosas; os espinheiros, os cactos e as demais ervas pareciam esmeraldas e seus espinhos e troncos brilhavam como o ouro.
Juan Diego prostrou-se em sua presença e Ela assim lhe falou: "Sabe que Eu sou a perfeita sempre Virgem Santa Maria, Mãe do Verdadeirissimo Deus por quem se vive. Muito desejo que aqui me seja erigido um templo ..... porque em verdade eu sou a vossa Mãe compassiva, tua e de todos os homens ..... e ali eu escutarei o seu pranto e curarei todos os seus males e as suas dores. Vá ao palácio do Bispo do México e lhe dirás que Eu te envio e lhe dirás que Eu desejo muito que aqui Me providencie um santuário..."
Dirigiu-se imediatamente o indiozinho ao palácio do Bispo, D.Juan de Zamáraga, o qual se mostrou bastante incrédulo ao ouvir o conto da aparição e o pedido da rainha do Céu.
Muito triste, Juan Diego voltou para casa, e no topo da colina encontrou novamente a Virgem à sua espera, a qual lhe disse: "Volta amanhã a ver o Bispo, faz-lhe ouvir o meu querer para que realize o templo que estou lhe pedindo e que Eu, que sou a Mãe de Deus, te confiei esta missão."
No dia seguinte, domingo, Juan Diego foi logo cedo ver o Senhor Bispo, que o ouviu pacientemente mas disse ser necessário um sinal para que pudesse crer que era a Rainha do Céu em pessoa quem o enviava.
Novamente foi Juan Diego encontrar a Virgem, dando-Lhe a resposta do Senhor Bispo. Depois que a Senhora o ouviu, disse-lhe: "Está bem, meu filhinho, voltarás aqui amanhã para levares ao Bispo o sinal que te pediu"
O sinal e o poncho de Juan Diego
No dia seguinte, segunda-feira, Juan Diego não voltou porque seu tio Juan Bernardino, com quem morava, tinha adoecido gravemente. Na terça-feira, muito cedo, saiu Juan Diego para chamar um sacerdote porque o tio estava para morrer. Corria, tinha pressa mas eis que de repente a Virgem lhe veio ao encontro e disse-lhe: "Nada te aflija ou te perturbe, teu tio já está bom". (E imediatamente, naquele mesmo instante, o seu tio ficou curado, como depois se soube). E continuou dizendo: "Sobe, meu filho, ao topo da colina, lá onde Me viste e te fiz o Meu pedido; ali verás flores variadas: corta-as, reúne-as e põe-nas todas juntas e depois desce até aqui, trazendo-as à Minha presença".Juan Diego subiu ao topo da colina e admirou-se ao ver quantas flores havia, pois o terreno era quase estéril e além disso não era tempo delas. Pensou até estar no Paraíso, tantas e tão perfumadas eram as flores preciosas que ali havia. Cortou-as, juntou-as e colocou-as no vão do seu poncho. Quando a Virgem as viu, tomou-as em Suas mãos e depois voltou a pô-las no ayate e disse: "Estas flores são o sinal que levarás ao Bispo".
Quando chegou ao palácio, o porteiro e outros servidores queriam saber o que havia em seu poncho. Ao verem que eram flores belas e variadas, admiraram-se por não ser a estação propícia e de como era agradável o seu perfume. Quiseram então pegá-las mas não conseguiram, porque ao tentarem, já não as viam.

A imagem e o milagre
Quando o Bispo deu ordem para que Juan Diego entrasse, este contou como cumpriu o desejo da Virgem e que as flores que trazia seriam a prova, o sinal pedido para realizar a Sua vontade.
-"Aqui as tens, faz-me o favor de recebê-las".
O indiozinho estendeu o seu poncho e quando as flores caíram no chão, o poncho converteu-se em sinal: nele surgiu de repente a imagem da Virgem, Mãe de Deus. O bispo viu não somente as flores, mas o milagre da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe pintada prodigiosamente no manto do humilde índio.
O Bispo pediu perdão por não ter acreditado antes e imediatamente mandou que se construísse uma igreja em honra à Perfeita Virgem Santa Maria de Guadalupe, atendendo ao desejo da Mãe Santíssima. Foi assim que na colina de Tepeyac, no local das aparições, , foi construído um santuário para honra e glória do nome de Deus
Até hoje os fiéis apresentam seus pedidos diante da Virgem de Guadalupe e continuam se admirando da milagrosa maneira como apareceu, já que nenhum homem da terra pintou a sua imagem.
A devoção popular mexicana à Virgem de Guadalupe serviu em 1810 a Miguel Hidalgo como bandeira da causa da independência, e mesmo nos piores tempos da perseguição à Igreja, promovida com intensidade variável pelos governos republicanos posteriores (entre 1821 e 1940), e que fez vários mártires, nenhum presidente teve a coragem de mandar fechar a Basílica.

A protetora das Américas
A 25 de maio de 1754, o papa Bento XIV proclamou Nossa Senhora de Guadalupe padroeira do México, e a 12 de outubro de 1945, o papa Pio XII proclamou Maria, Virgem de Guadalupe, Imperatriz e Mãe de todas as Américas.

As inexplicáveis características do poncho
Com respeito ao poncho e à imagem, há uma série de características que a ciência considera inexplicáveis.
A primeira questão diz respeito à duração do ayate, pois o agave, fibra vegetal usada para tecê-lo, deveria ter-se decomposto há muito tempo. Sabe-se que os tecidos de fibra de agave dificilmente perduram por mais de 20 anos. O ayate de Juan Diego, porém, tem quase quinhentos anos e, além disso, encontrou-se exposto a condições extremamente desfavoráveis. A pergunta de como seria possível ter-se mantido em tão perfeito estado foi levantada inúmeras vezes, atribuindo-se este fenômeno ao caráter milagroso da pintura.

A segunda questão diz respeito à afirmação do Prêmio Nobel de Química, Richard Kuhn - entre muitos outros -, de que "não se entende de que modo a imagem foi "pintada" já que os pigmentos não são humanos". Nas fibras não existem corantes vegetais, nem animais, nem minerais e muito menos sintéticos. Pesquisadores da NASA aplicaram à imagem de Guadalupe a técnica de fotografia com infra-vermelho, que permite identificar o esboço de um desenho e o fundo usado. O resultado foi surpreendente: não existe tratamento algum nem preparação prévia da tela do poncho. Mais: não há desenhos de fundo nem esboços prévios. E ainda: não há pinceladas, ou seja, a imagem formou-se como se fosse uma fotografia da Virgem e a tela fêz as vezes de papel fotográfico. Finalmente, não se consegue identificar a origem das cores, que parecem ser efeito da refração da luz.
Foi também possível distinguir os acréscimos feitos por mãos humanas ao longo dos séculos, como todos os dourados (os raios que partem do corpo da Virgem, os arabescos sobre a sua túnica, o broche do pescoço, a fímbria dourada, as estrelas do manto, o anjo e a lua debaixo dos pés da Virgem, além do retoque das mãos). Ao contrário dos elementos pintados ou dourados, todas as partes originais "estão como se tivessem acabado de ser pintadas".

A terceira questão diz respeito à conclusão de Aste Tonsman, cientista que trabalha com a ampliação eletrônica de imagens de satélites: Nas íris direita e esquerda dos olhos da Virgem da Guadalupe há uma série de pessoas e de objetos que reproduzem o episódio relatado, ou seja, o momento da aparição de Nossa Senhora na casa do Bispo. E muito mais: quando se aplicavam os aparelhos óticos aos olhos da imagem, estes pareciam ganhar brilho e profundidade, como se fossem os olhos de uma pessoa viva e, além disso obedeciam a todas e a cada uma das leis da física ocular. Mesmo com a atual tecnologia, é praticamente impossível pintar tantas imagens como as que se descobriram nas córneas dos olhos da Virgem, recordando que o diâmetro dessas córneas é de apenas 7 ou 8 milímetros.
A hipótese de Tonsman ajuda a lançar luzes sobre a cena do milagre, que pode assim ser resumida:
- diversas pessoas estavam presentes na sala do Bispo;
- a gravação da imagem se produziu no instante em que o índio deixou cair as flores diante do Bispo;
- a aparição não se deu diretamente, como uma pintura, sobre o poncho, mas que a Virgem apareceu fora dele, de modo que todos os presentes ficaram refletidos nas córneas de seus olhos. A imagem do ayate seria como que o reflexo num espelho dessa aparição da Virgem.